Porque sentimos dores em temperaturas mais baixas?

Porque sentimos dores em temperaturas mais baixas?

Sempre ouvimos os mais velhos anteciparem a previsão do tempo, com relatos de dores nas articulações ou músculos. E muitos de nós, até hoje imaginamos se isso é verdade ou mito. Com os avanços da ciência, passamos a identificar os fatores que influenciam esta máquina complexa que é o corpo humano e de qual maneira singular podem acometer alguns pacientes. É bastante comum a associação das dores ao frio, porém não é somente a temperatura em si a causadora desta série de reações que acarretam na dor. Podemos indicar como primeira responsável a pressão barométrica, ou como é comumente chamada, pressão atmosférica.  Massas de ar quente ou frio, além de obviamente indicarem uma tendência de temperatura por vir, também indicam níveis de pressão mais altas ou mais baixas, que possuem influência direta sobre nosso corpo. E são os movimentos de baixa pressão que nos trazem algumas consequências, significando que a pressão contra o nosso corpo cai também, nossas articulações e áreas lesionadas podem começar a inchar ou doer. Este inchaço causa aumento da inflamação e o corpo exige que os hormônios aumentem sua atividade para lidar com essa situação.

Também sobre influência da pressão, as glândulas suprarrenais, responsáveis pelos dois hormônios essenciais ao ser humano, a adrenalina e o cortisol, tem alterações de sua produção. Estes dois hormônios nos ajudam com a energia, o humor, a função imune, o controle da dor e a famosa “fuga ou luta” como resposta a algo que nos atinge.  A cortisona (esteróide) é fundamental no controle da dor, função imune e energia. Quando a pressão cai, a tendência é a produção deste hormônio diminuir. Outro fator que reduz a produção do cortisol é o repouso, o que explica algumas dores sentidas a noite, quando o paciente já está dormindo.

Outra explicação para este fenômeno são nossos receptores de terminações nervosas. A somestesia, termo que define a percepção genérica e muitas vezes inconsciente de nosso corpo, nas modalidades da dor e sensação térmica, acaba por responder a estes estímulos que capta, e numa forma de defesa, às vezes traduz isso como uma dor.

E uma das hipóteses mais comuns provém das baixas temperaturas. O frio faz com que o organismo restrinja o fluxo sanguíneo, causando a vaso constrição para priorizar o aquecimento de nossos órgãos vitais e manter nossa temperatura constante. Nossas extremidades ficam desassistidas, numa ação conjunta de nossas terminações nervosas, em um caso de pancadas por exemplo, a dor acaba sendo muito maior. Por fim, o frio ainda age sobre nossos músculos, que a fim de se protegerem, fazem uma contração involuntária para manterem-se aquecidos e proteger nosso corpo de lesões. E isso acontece em todos os nossos músculos, inclusive aqueles que envolvem nervos e articulações.

O antídoto para a maior parte destas queixas está no alinhamento postural, que ajuda a prevenir dores, fazendo com que os músculos funcionem de forma adequada e prevenindo o excesso de tensão no corpo. A quiropraxia se mostra aliada nesta ação, justamente por promover um posicionamento mais correto do corpo, devolvendo o movimento necessário para as articulações, buscando deixar o corpo em total equilíbrio.  Além disso, é importante o uso de roupas adequadas à temperatura, alimentar-se bem, e o mais importante, exercitar-se frequentemente.

 

Dr. Magnos Eliandro Lima

Quiropraxista – ABQ 659

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